Por iniciativa do presidente do Fiesp, Paulo Skaf, lideranças sindicais e patronais querem pedir medidas para retomar o crescimento
Um grupo de representantes de empresas e de dirigentes de sindicatos de trabalhadores se reúne com o presidente Michel Temer, terça-feira, às 11h30 no Palácio do Planalto, a fim de expor propostas de curto prazo para aproveitar os sinais positivos da economia brasileira e acelerar o processo de retomada do crescimento.
O anúncio da reunião com, Temer foi feito por Paulo Skaf, presidente da, Fiesp e do Ciesp, durante encontro com representantes de centrais sindicais e empresários, na sede da entidade em São Paulo.
UNIÃO
Skaf vem destacando, segundo a Agência Indusnet, a união de propósitos demonstrada no encontro em relação à necessidade de retomada do crescimento, com a consequente recuperação do emprego, fortalecimento das empresas e retomada da arrecadação para os governos - sem aumentos de impostos.
PONTOS CONVERGENTES
''Buscamos pontos convergentes, que poderiam no curto prazo ajudar o País a retomar o crescimento", afirmou Skaf.
Exemplos das propostas estão no destravamento do crédito, defendido pelos empresários, e na retomada das obras paradas. Essas medidas acelerariam a cadeia da construção civil, que é uma grande empregadora.
O grupo defende que o seguro-desemprego, atualmente pago durante 5 meses, seja estendido a 7 meses, "para dar um fôlego um pouco maior, pensando nas pessoas'', diz Skaf.
"Fizemos uma ligação ao presidente da República, que nos atendeu e marcou uma reunião onde todos nós, centrais sindicais, entidades representativas da agricultura, da indústria, do comércio, dos serviços, grandes empresas, médios setores - enfim, um grupo altamente representativo - levaremos essas sugestões''.
SINAIS POSITIVOS
Segundo Paulo Skaf, a economia brasileira está dando sinais positivos de recuperação. "É hora de jogar um catalisador nisso, acelerar esse processo de retomada do crescimento e combater o desemprego. Temos que aproveitar essas faíscas para criar um incêndio positivo, de crescimento, de geração de empregos", avalia ele.
Em referência ao encontro entre empresários e sindicalistas, que terminou com um almoço entre os convidados, ele reforça a causa de interesses mútuos.
"Estivemos, como brasileiros, em volta de uma mesa para pensar o Brasil, pensar o que fazer para o Brasil retomar o crescimento, o emprego, a geração de riquezas e em como dar oportunidades para milhões de jovens que entram no mercado de trabalho todos os anos e para os que estão desempregados. Precisamos estimular investimentos, e essa mudança sinaliza aumento do custo de investimento".
AJUDAR
"Buscamos pontos convergentes, que poderiam no curto prazo ajudar o país a retomar o crescimento", afirmou Skaf. Exemplos das propostas estão na destravamento do crédito, defendido pelos empresários e na retomada das obras paradas.
Essas medidas acelerariam a cadeia da construção civil, que é uma grande empregadora.
ALTA SEGUIDA
A audiência com o presidente da República ocorre num momento em que a produção industrial registra o ponto mais alto de recuperação desde a crise de outubro de 2015, que resultaria no fechamento da produção primária de aço da Usiminas e a dispensa de mais de cinco mil trabalhadores diretos e indiretos. A produção no País, segundo o IBGE, avançou 0,8% na passagem de junho para julho. É o melhor desempenho para o período desde 2014, quanto tinha crescido 1.4%. O resultado representa o quarto mês consecutivo de alta, movimento que não ocorria desde abril a agosto de 2012.
Em reunião com o presidente Temer (PMDB), nesta segunda-feira, dia 11 de setembro, no Palácio do Planalto, a Confederação Nacional das Profissões Liberais – CNPL, cobrou, em conjunto com dirigentes da União Geral dos Trabalhadores (UGT), a edição da Medida Provisória (MP) com salvaguardas aos trabalhadores, anunciada na sanção da reforma trabalhista, em 13 de julho. Na época, Temer garantiu que honraria o compromisso firmado pelo líder do governo, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) com a base aliada.
Na ocasião, os dirigentes sindicais destacaram a urgência da elaboração da MP, como forma de conter os prejuízos da nova legislação trabalhista (Lei 13.467/17), que entrará em vigor em novembro. Além de reivindicarem medidas emergenciais que promovam a redução do alto índice de desemprego no país. O debate também contou com a presença dos ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, do Trabalho, Ronaldo Nogueira, e da Comunicação, Gilberto Kassab, e de alguns parlamentares.
Entre os pontos de pauta que evidenciam a sensível penalização aos trabalhadores, os dirigentes sindicais pontuaram a necessidade de mudança da lei que permite a exposição das trabalhadoras grávidas ou em amamentação, em ambientes considerados insalubres no trabalho. Bem como ressaltaram a necessidade de tornar o trabalho intermitente, exercido sem vínculo empregatício em horas ou dias demandados, limitado e não abrangente como demonstra a legislação sancionada.
A proteção social do trabalhador no âmbito do avanço de direitos, da assistência social, administrativa e jurídica, desenvolvida pelo movimento sindical há décadas também foi amplamente defendida. A reforma trabalhista fragiliza a luta das entidades sindicais, legalizando assim essa desproteção.
O presidente Temer foi sensível às reivindicações apresentadas. Na reunião, ficou decidido que o ministro Ronaldo Nogueira será o responsável por constituir o texto da MP e discutir com o movimento sindical, partidos políticos, Câmara e Senado. Além disso, também falar com o presidente da Câmara, Dep. Rodrigo Maia, e do Senado, Sen. Eunício Oliveira, para colher sugestões que viabilizem sua aprovação.
Centrais sindicais e empresários se encontrarão com Michel Temer às 11h de terça-feira (12), no Palácio do Planalto, para apresentar propostas emergenciais para a retomada do emprego no País. Participarão do encontro Força Sindical, CSB, CTB, UGT e Nova Central.
A reunião com Temer é resultado do encontro entre empresários e as centrais sindicais em 21 de agosto último na sede da Fiesp, em São Paulo, quando foram discutidas medidas de curto prazo para acelerar o processo de retomada do crescimento. "Queremos a retomada do crescimento econômico com emprego e renda para todos", diz o deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade), presidente da Força Sindical.
Abaixo uma nota da Força Sindical com a pauta de reivindicações, assinada por Paulinho.
Uma Pauta para Retomada do Desenvolvimento Econômico e da Geração de Emprego
O grande objetivo nacional da atualidade é tirar a economia brasileira da maior crise econômica de sua história. O PIB teve queda próxima a 8%, gerando um saldo de 14 milhões de brasileiros desempregados, provocando o fechamento de milhares de empresas, deixando famílias e empresas endividadas, mergulhando o país numa grave crise fiscal e provocando um forte recuo nos investimentos.
Mas o Brasil é maior que tudo isso. Vamos, sim, superar a crise e sairemos mais fortes, como já ocorreu tantas vezes no passado.
Temos pressa na retomada do desenvolvimento econômico e na criação de empregos, e é por isso que nós, do setor produtivo, reunimos representantes dos trabalhadores e das empresas e construímos um conjunto de propostas de curto prazo para acelerar a retomada do crescimento, e um outro conjunto, mais estrutural, para tornar sustentável o processo de retomada da atividade econômica e geração de empregos que a sociedade brasileira tanto deseja.
"As negociações coletivas não se faz só com trabalhadores e necessário a presença do patronato. É uma horas para a FNO está participando de Reunião de tão relevancia para o País e para o mundo do trabalho. Quando ao número grande da presença de entidades de São Paulo é Lógico. São Paulo é o berço do sindicalismo brasileiro e o setor forte da indústria brasileira e com a contribuição da mão de obra de trabalhadores de todo país inclusive nordestinos. O Brasil aqui é o país convergentes que estão lutando para tirar o país da crise".Segundo Dra Joana Batista presidente da FNO
" Nossa FNO lutando contra o desemprego e as mazelas deste governo, que afronta aos direitos dos trabalhadores " Conclui Dr Ricardo Camolesi presidente do SICIDETO