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PATRONO DA ODONTOLOGIA - 21 DE ABRIL DIA DE TIRADENTES

Na década de 1780, surgiu como herói, agitando o cenário político nacional, Joaquim José da Silva Xavier (1746 - 1792), conhecido como Tiradentes, por exercer entre os seus múltiplos ofícios, o de dentista. Também conhecido como o Mártir da Independência, nasceu na Fazenda do Pombal, entre São José (hoje Tiradentes) e São João del Rey - MG. Filho de Domingos da Silva Xavier e de D. Antonia da Encarnação Xavier, ficou órfão de mãe aos 9 anos e de pai aos 11 anos, foi encaminhado para a casa do padrinho, o cirurgião Sebastião Ferreira Leitão, especialista em arrancar dentes e substituí-los por novos. Tem-se como certo que foi Sebastião quem ensinou ao afilhado a arte de tirar dentes, além de completar sua alfabetização. É citado que Tiradentes, tinha grande habilidade como operador e que não se limitava somente a isso, como era comum a grande maioria dos práticos do seu tempo, mas também, esculpia, provavelmente em marfim ou osso de canela de boi, coroas artificiais para repor no lugar dos dentes ausentes. Sua fama era conhecida até no Rio de Janeiro. É considerado o "Patrono da Odontologia".

Em maio de 1789, quando foi preso por sua participação na Inconfidência Mineira, Tiradentes disse que conhecia muita gente no Rio de Janeiro “em razão da prenda de pôr e tirar dentes”. Seu último confessor, frei Raimundo Pennaforte, relata que Tiradentes “tirava com efeito dentes com a mais sutil ligeireza e ornava a boca de novos dentes, feitos por ele mesmo, que pareciam naturais”.

Habilidade rara naquela época de técnicas rudimentares. Entre os objetos sequestrados em sua casa, em Vila Rica, havia cinco pratos de pó de pedra branco, dois frascos de vidros grandes, duas garrafas finas pequenas, uma peneira de seda e instrumental de dentista. Os instrumentos fazem parte da reserva técnica do Museu Histórico Nacional (RJ). São dois fórceps, duas chaves de extração e uma espátula.

O primeiro documento do reino a citar a palavra dentista foi o Plano de Exames da Real Junta do Protomedicato, de 23 de maio de 1800, assinado pelo príncipe regente D. João. O plano exigia que o candidato à profissão de dentista passasse por um exame para avaliação de conhecimento parcial de anatomia, métodos operatórios e terapêuticos.
Com a vinda da família real para o Brasil, em 1808, inicia-se um período de desenvolvimento na colônia, com destaque para a área cultural, artística e de educação. Em 18 de fevereiro daquele ano é criada a Escola de Cirurgião, no Hospital São José, na Bahia, e em 5 de novembro, a Escola Anatômica Cirúrgica e Médica do Hospital Militar e da Marinha. Esta, em 1832, seria transformada em Faculdade de Medicina.

Em janeiro de 1809 muda novamente o sistema de concessão de licenças de trabalho. D. João abole a Real Junta de Protomedicato e suas atribuições passam para o físico- mor e para o cirurgião-mor, que haviam sido nomeados pelo príncipe regente em fevereiro do ano anterior.




 
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