CFO pede a ministro da Educação que não autorize novos cursos de Odontologia no país
Em ofício entregue ao ministro da Educação, Mendonça Filho, o Conselho Federal de Odontologia (CFO) solicita a suspensão de autorizações para abertura de novos cursos de Odontologia no país por um período de cinco anos. O CFO protocolou o documento nessa segunda-feira, 21 de novembro, no Ministério da Educação (MEC).
De acordo com o presidente do CFO, Juliano do Vale, o pedido é motivado pela preocupação da categoria com a queda na qualidade de ensino nas universidades. “O Conselho Federal tem o dever de fiscalizar o exercício profissional em todo o território nacional e está preocupado com o grande número de cursos de odontologia autorizados pelo MEC nos últimos cinco anos, que ainda nem formaram as primeiras turmas, além de não estarem sendo respeitadas as manifestações do CNS sobre a abertura de novos cursos”, disse.
Na semana passada, foi destaque na imprensa nacional a intenção do MEC de suspender a abertura de novos cursos de Medicina no país. “Considerando a legitimidade de tal demanda, o CFO manifesta-se a favor do movimento (…) razão pela qual requer o supramencionado ato governamental suspenda também a autorização de novos cursos de odontologia”, diz o ofício entregue ao MEC.
O CFO também se coloca à disposição do ministro para debater o tema.
Atualmente há no Brasil mais de 300 cursos de Odontologia. Há ainda a modalidade de ensino a distância, que o CFO combate abertamente. De acordo com informações do portal E-MEC, vários ainda não formaram sequer a primeira turma, o que dificulta sobremaneira a avaliação da qualidade desses cursos.